15 outubro 2007

A eleição da água

Do contra-ponto de Mauro Camargo no site pnbonline

A água, espera-se, será um dos temas principais da campanha eleitoral de 2008. Os candidatos a prefeito precisarão deixar cristalinas as suas propostas tanto para a distribuição da água quanto para a preservação dos mananciais. É mais do que brigar pela paternidade de eventuais obras “redentoras” do PAC.
Cuiabá e Várzea Grande, na mesma baixada, têm problemas sérios e atávicos na captação e distribuição de água.
O PAC foi celebrado e existe a promessa de muitas obras nas duas cidades para “resolver” o problema. É pouco.O debate precisa ir mais fundo.
Sim, na competência da administração do sistema; no controle do consumo, na forma justa de pagamento pelo serviço. Mas principalmente nas ações ambientais e administrativas no âmbito do município que possam afastar o perigo maior: a escassez da água.
O meio ambiente de Mato Grosso é hoje caso de polícia por causa da incompetência do governo do estado e das denúncias de corrupção na Sema.Os candidatos a prefeito farão um bem à natureza e aos eleitores se trouxerem o assunto de volta ao ambiente político, digamos, mais sério e responsável.
Para começar, uma reflexão sobre o problema posto: em 20 anos, faltará água para 60% do mundo, segundo a ONU. O que cada município mato-grossense precisa fazer para que as suas populações estejam entre os 40% do planeta com água?O problema é motivo de debate mundial e precisa entrar urgente no “mundinho” dos prefeitos e vereadores.
Vale lembrar o que o jornal O Globo já disse, reproduzindo notícia da BBC:Dentro de 20 anos, uma proporção de dois terço da população do mundo deve enfrentar escassez de água, de acordo com a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, sediada em Roma.Segundo a FAO, o consumo de água dobrou em relação ao crescimento populacional no último século.
Pouco mais de um bilhão de pessoas no mundo já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias, disse Pasquale Steduto, diretor da unidade de gerenciamento de recursos hídricos da FAO.
Segundo ele, mais de 2,5 bilhões não têm saneamento básico adequado.Steduto pediu maiores esforços nacionais e internacionais para proteger os recursos hídricos do planeta.A irrigação para cultivos agrícolas atualmente responde por mais de dois terços de toda a água retirada de lagos, rios e reservatórios subterrâneos.

Um comentário:

Anônimo disse...

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